Perseverança


per.se.ve.ran.ça
sf (lat perseverantia) Qualidade de quem persevera; constância, firmeza, pertinácia. Antôn: inconstância. (www.michaelis.uol.com.br)


Apesar de muitas vezes não parecer, perseverança é uma palavra forte. Para mim, ela soa forte. É uma forma de esperança, mas não a de quem espera de braços cruzados; se possível, sentado. É o equilíbrio perfeito entre fé e ação.

Eu sou uma sonhadora. Não no sentido pejorativo da expressão, eu sou uma pessoa que sonha com um futuro de realizações. Realizações, estas, possíveis de serem alcançadas, mas que exigem certo esforço. É por isso que, quando me perguntam a quantas andam meus projetos, eu logo digo que estou sendo perseverante.

Um desses projetos, quem me conhece já sabe, é terminar de escrever e publicar meu livro de aventura infanto-juvenil. Ao ouvir isso, alguns abrem logo um sorriso e me perguntam quando vou publicá-lo.Perseverança é […] o equilíbrio perfeito entre fé e ação. Outros quebram o contato visual e dizem que escrever um livro é uma tarefa muito difícil, e que dificilmente fica bom.

Aos que acreditam em mim, muito obrigada. Infelizmente, não sei quando nem se ele será publicado. É claro que quem escreve um livro pretende publicá-lo, mas isso é uma questão que não depende só de mim. A boa notícia é que deve ficar pronto por Julho! Quanto aos que duvidam, peço humildemente que reconsiderem. Minha perseverança inclui trabalho duro, ler, perquisar, fazer, refazer e “trefazer”. Por mais que todos concordem que é um feito difícil, quem é sábio o suficiente para me julgar incapaz? Na minha opinião – e dificilmente ela será mudada – todo trabalho feito com o coração é um trabalho bem feito. E, se mesmo assim por algum motivo não dê certo, a experiência não é prêmio de consolação, é um prêmio real. Afinal, a prática sempre leva à perfeição ao aprimoramento.

Eu sou uma sonhadora, mas sou uma sonhadora com o pé no chão: não espero enriquecer vendendo livros. Além disso, sei que raramente o primeiro livro que uma pessoa escreve fica realmente bom, mas, acreditem no que digo, a lógica não permite que se escreva o segundo sem escrever o primeiro, e ela não abre todo trabalho feito com o coração é um trabalho bem feitoexceções. Além disso, mesmo que o resultado do meu trabalho seja um livro ruim, ele será o meu livro, e essa é uma grande realização, por si só.

Não por estes motivos, mas por fatores inerentes meus, além da continuação do primeiro livro, eu já tenho a ideia quase pronta de mais duas histórias diferentes, volumes únicos. Escrever leva tempo, por isso as ideias estão na gaveta, mas não pretendo que fiquem lá por muito tempo. Até o final do ano – depois que eu terminar este primeiro livro e tiver entregado meu artigo para concluir a pós-graduação – espero começar a escrever.

Por hora, continuo o que estou fazendo. Passei dez agradáveis dias na praia, onde pude adiantar um pouco a história atual. Escrevi, inclusive, um capítulo recheado de cenas de ação, que ficou muito melhor do que imaginei que ficaria. Surpreendi a mim mesma! Não existe satisfação melhor – e mais difícil de alcançar – do que essa.

Nerdcast #135 – Profissão: Ilustrador

Já faz algum tempo, mas este nerdcast continua atual, e continua engraçado. Foi uma surpresa quando vi o tema! Fiquei feliz da vida por um Nerdcast falar sobre a minha profissão, com convidados excelentes. Recomendo a todos os ilustradores! Para ouvir, clique na imagem abaixo, desça a página até o Player e clique na setinha de Play.

Lambda lambda lambda! Hoje Alottoni, Hiro Kawahara, Marcelo Martinez e Azaghâl, o anão batem um papo hilário sobre a profissão de ILUSTRADOR.

Neste podcast: Descubra quem era o único fã de um certo desenhista da MAD, conheça o homem por trás dos desenhos de bandeja do McDonalds, aprenda como transformar uma capa de livro vermelha sangrenta em rosa Bubbaloo e desvende o Código Da Vinci dos designers.

Quando eu saí no jornal

Já faz um bom tempo, mas ainda me orgulho de ter sido entrevistada para a matéria do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul. A jornalista Marcelle Souza estava fazendo uma matéria sobre desenhistas que se tornaram profissionais na área, e me convidou a fazer algumas declarações. Foi publicado dia 22 de julho de 2008. Deu um pouco de trabalho para comprar um exemplar, já que neste dia eu estava em Santiago, no Chile, mas meu querido Luís conseguiu um para mim!

Clique na imagem ao lado para ver melhor. Como a leitura está um pouco difícil, copiei algumas partes:


Os primeiros riscos começaram na infância, então canetas, réguas, lápis de cor tornaram-se amigos indispensáveis a partir de então. A paixão pelos desenhos animados da televisão muitas vezes conduz ao interesse pelas histórias em quadrinhos que atraem pelas imagens e narrativas envolventes. Só que a infância fica para trás e o gosto pelos quadrinhos continua, agora de maneira profissional. Engana-se quem acredita que os personagens no papel são apenas coisa de criança. Para Alexandre e Frederico, o mangá virou trabalho mediante aulas de desenho. Já a estudante Karen recebeu os primeiros convites a partir do blog que criou, enquanto Wanick é ilustrador profissional há quatro anos.
“Não existe resposta para a pergunta ‘desde quando você desenha?’. Toda criança desenha, mas a maioria pára, enquanto outras desenvolvem o interesse pela coisa.”, conta Karen Soares, ilustradora e apaixonada por HQs. Com o tempo, os traços ficam mais elaborados e o que era só uma brincadeira começa a ganhar seriedade. Karen é estudante de publicidade e acabou de montar um blog que, segundo ela, tem uma média de 50 acessos por dia. No site ela apresenta seus personagens, que têm forte influência dos mangás, quadrinhos japoneses pelo qual se inspira desde a pré-adolescência.
Os desenhos foram aperfeiçoados a partir de grupos na internet e conversas com amigos. De acordo com ela, a necessidade de se unir com outros ilustradores fez com que ela começasse a levar os desenhos para a vida amorosa. O namorado, Luís Brüehmüeller, é outro que se dedica à produção de desenhos no estilo mangá e comic.
[…]
Para Alexandre, a seriedade da produção é determinada pelas características principais dos quadrinhos adultos, como a trama mais elaborada e o conteúdo mais polêmico. Karen acrescenta que os “proibidos para menos de 18 anos” podem apresentar cenas eróticas, como é o caso do hentai, e de violência, rompendo com o esteriótipo da Turma da Mônica. O desafio é apresentar um material de qualidade, que deve ser encarado com o profissionalismo de quem foi muito além dos lápis de cor e das aventuras de histórias infantis.
(Marcelle Souza)