Retrospectiva 2016

Sempre que chega dezembro, dá aquela sensação de que o ano passou muito rápido, ou muito devagar. A verdade é que 2016 foi um ano muito proveitoso, deu para fazer bastante coisa!

Esse ano eu tive um conto publicado pela editora que sempre admirei; terminei de escrever meu novo romance; me formei no curso de inglês super mega avançado; comemorei 10 anos com o meu amor na Disney; trabalhei feito uma condenada, mas também me diverti horrores.

Vamos à retrospectiva! 😀

 
Em 2016 eu…

Viajei para a Disney

No início do ano, o Luís e eu completamos 10 anos juntos (desde que começamos a namorar). Fomos comemorar na Disney! 😀 Uma viagem muito especial!

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Me formei no English for Academic Purposes

Esse foi o curso mais difícil que já fiz na vida. Deixou a faculdade no chinelinho, haha! Nele desenvolvi minhas habilidades de falar em público e de escrever textos científicos, como dissertações e monografias, em inglês. Foi oferecido pela Nova Scotia Community College e durou um ano, em período integral.

Também participei de alguns cursos livres:

  • B.E.S.T Conference, promovida pela Edu Nova, com apoio de várias universidades de Halifax;
  • Understanding Intellectual Property, workshop do ISANS – Immigrant Services Association of Nova Scotia;
  • Como montar e manter uma pequena editora, curso à distância, de sete semanas, oferecido pela Universidade do Livro, da Fundação Editora Unesp.

 

Tive um conto publicado pela Jambô Editora

Tive a honra e o prazer de ter meu conto, A Última Noite em Lenórienn, publicado pela editora que admiro há muitos e muitos anos, a Jambô. O conto se passa no universo de Tormenta — o mais prestigiado cenário brasileiro de RPG — e encerra a antologia Crônicas da Tormenta volume 2, que reúne grandes nomes da literatura fantástica nacional. Está disponível para compra no site da Nerdz.

 

Escrevi o romance A Joia da Alma

Aos 45 do segundo tempo (lê-se, em 11 de dezembro), terminei a escrita do romance A Joia da Alma. Estou tão feliz! Seria angustiante ter que empurrar isso para o ano que vem. Agora vem a etapa da revisão. Mas, enquanto o livro está nas mãos do editor, eu vou me permitir tirar alguns diazinhos de folga. 😀

 

Terminei o audiobook de A Rainha da Primavera

Recuando até fevereiro (nossa, parece que faz um século!), concluí a publicação do audiobook de A Rainha da Primavera! Ele é gratuito, e você pode escutar todos os capítulos no meu canal do Youtube.

 

Diagramei 33 revistas incríveis

Como nos anos anteriores, em 2016 também tive o prazer de participar da criação de revistas de passatempos da editora Coquetel. Dependendo da revista, meu papel varia entre diagramar, desenhar e criar passatempos. Nesse ano, foram 6 revistas Picolé, 3 Picolé Crosswords, 9 Brincando e Aprendendo, 2 Almanaques de férias, 2 revistas do Snoopy. A grande novidade são as revistas da Disney, é uma alegria enorme participar delas! Fiz passatempos e diagramei revistas com os personagens de: Operação Big Hero, Enrolados, Frozen Fever, Jake e os Piratas, Princesas Disney, Princesa Sofia, Zootopia, Moana, e duas de Procurando Dory. Também diagramei a revista gigante da Larissa Manoela, que está fazendo o maior sucesso.

 

Arranjei emprego no Canadá

Eu sou muito ligada aos meus projetos no Brasil, mas isso não me impede de correr atrás de oportunidades por aqui. E foi pensando em ter novas experiências (e também em treinar o meu inglês) que me candidatei a um emprego temporário no Statistics Canada. É uma agência governamentamental, relativa ao IBGE brasileiro. Eu telefonava para as pessoas, para confirmar informações do Censo.

O ambiente era bom, o salário também, e as pessoas eram uns amores. Mas a posição realmente não era para mim. Mais da metade das minhas habilidades ficavam sem uso. Mas, é claro, eu queria provar para mim mesma que podia manter um emprego no Canadá. Foi por isso que aceitei quando estenderam meu contrato. Porém, quando encerrou de vez, eu quase soltei fogos de artifício. Me telefonaram dois meses depois: “Karen, estamos com vagas abertas de novo, você tem interesse em um novo contrato?” A minha resposta não poderia ter sido mais libertadora: “Muito obrigada, fico contente que tenham lembrado de mim! No entanto, não tenho interesse. Já estou trabalhando para outra empresa.”

Agora tenho um cargo muito mais legal! 😀 Sou jornalista da Chalk. Escrevo artigos em português sobre futebol, e-Sports e entretenimento, para dois sites: Ganhador e OddsShark Brasil. Também faço traduções, ajudo na implementação de certas funcionalidades nos sites e contribuo na coordenação da nossa equipe do Brasil. A atmosfera do local de trabalho é deliciosa! Aquele tipo de empresa que tem um pebolim no meio da copa (só que, em vez de futebol, é de hóquei no gelo), que faz confraternizações de Halloween, Thanksgiving e Natal, deixa o funcionário escolher se prefere PC ou Mac e oferece plano de saúde e dentário, haha. Depois de seis anos atuando como freelancer e empresária, chega a ser estranha a comodidade de ter emprego fixo. Para completar, a vista da janela é de tirar o fôlego.

 

Fui staff member na Hal-Con

Hal-Con é a maior convenção de cultura pop do leste canadense, e eu participei como membro da equipe organizadora. O evento foi demais! Fiquei cuidando de uma das salas de painel, ouvindo os especialistas falarem sobre podcast para pessoas distraídas, como fazer o seu cosplay, como funciona um estúdio de animação e outras coisas legais. Enquanto eu monitorava as oficinas, o jogo do Luís ia se esgotando na área dos expositores, três andares abaixo.

 

Apoiei a publicação de Dwar7s Fall

Dwar7s Fall pode não ser de minha autoria, mas — definitivamente — foi uma grande conquista esse ano! Sou beta-tester do jogo do queridíssimo senhor marido, Luís Brueh. Mais que isso, sou a única testemunha desde o nascimento da ideia, até a concretização do sonho. Quem já acompanhou um projeto desse porte de perto sabe que apoiar não é só bater palmas e falar que está lindo. É revisar contratos, ajudar a solucionar problemas, testar as variações de regras até não aguentar mais, ter paciência. No final, o trabalho valeu a pena! A 1ª edição de Dwar7s esgotou em todos os eventos onde foi vendida. A 2ª edição foi para o Kickstarter, ferramenta de financiamento coletivo. O editor esperava US$ 4.000 para produzir o jogo. Estávamos apreensivos quanto a alcançar esse valor, mas a meta foi batida em incríveis duas horas! No final, foi alcançada a marca dos US$ 82.000, e o jogo foi traduzido para 8 idiomas! É ou não motivo para se orgulhar? Agora estão sendo feitos os preparativos para produção de tanto jogo! E ano que vem tem mais.

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Criei o jogo Time Travel Inc.

E é claro que eu fui contagiada por essa onda de boradgames! Já adorava jogar, e agora embarquei com o Luís em um projeto especial. Time Travel Inc é um jogo sobre viagem no tempo. Vocês ainda vão me ouvir falando dele por aí.

 

Recebi visitas

Agora que estamos um pouco melhor acomodados aqui no Canadá, nós começamos a receber a família! 😀 Esse ano contamos com a visita da minha mãe, da sogrina, da cunhada, do meu pai e madrastra. Tirando os dois últimos, cada um veio em uma época diferente, e fizemos passeios incríveis!!! Comemos lagosta, andamos de veículo anfíbio, passeamos pelo interior da província, fomos à praia (estava friooooo), ficamos presos no Trapped (jogo de escapar de um quarto fechado), entrei em um cassino pela primeira vez, visitamos museus a perder as contas… É, foi demais!

 

Gravei podcasts

Uma das propostas que eu tinha para 2016 era participar de mais podcasts. Para isso, é preciso tempo e dedicação. E eu consegui! Foram dez participações no Cultura Nerd e Geek, duas no Multiverso X, uma no SetCast e uma no MachineCast. Os temas incluem literatura, RPG, filmes, animes, cotidiano e muito mais! Você encontra a lista de links aqui.

 

Pintei o cabelo

Pode parecer bobagem, mas não é. O cabelo faz parte da nossa identidade pessoal, e há anos eu estava descontente com a minha cor. O passar dos anos transformou meu loiro claro em loiro escuro, e então em algo esquisito que não era nem loiro, nem castanho. Um cor de burro quando foge. No Brasil, sempre tinha alguém para dizer: “Sua cor é lindaaaa! Te mato se você pintar.”

Uma vez no Canadá, resolvi chutar o pau da barraca. Pintei de loiro mais claro e amei! Mas aí tive outro problema: cada vez que pintava, meu cabelo ficava mais e mais claro. Na internet, as pessoas já me chamavam de “loiraça” e até “platinada”. Nunca quis ter cabelo assim. Então, tomei coragem e pintei da cor que sempre admirei: ruivo! Bem clarinho, quase loiro. Combinou perfeitamente comigo.

 

2017

O ano de 2016 foi cheio de emoções e vai deixar saudades! Consegui fazer quase tudo o que tinha me proposto. O único item da minha listinha que vai sobrar para o ano que vem é terminar de escrever Fração de Segundo, o terceiro livro da Série Crônicas de Myríade.

No mais, estou me sentindo realizada! Vou aproveitar os últimos dias do ano para comemorar com os amigos mais essa etapa vencida. E que venha 2017! 😀

 

Edit: Como diria o Tio Rocky, “só acaba quando termina”, e isso vale para o ano também!
Se aos 45 do segundo tempo eu terminei o livro que estava escrevendo, então o que veio depois deve ser prorrogação, né? Tive meu trabalho reconhecido na empresa (deixo aqui subentendida uma ótima notícia!) e tirei minha carteira de motorista canadense (aleluia!). O ano só fica melhor! E ainda temos dez dias pela frente.

Blog novo, vida nova! Ou quase isso.

Ufa, esse ano está sendo tão corrido! Já é agosto e eu sequer postei alguma coisa nesse blog!!! E não é por falta de novidades. Esse ano já me formei em um baita intensivo de inglês nível acadêmico, viajei para a Disney, gravei uma coleção de vídeos para o Youtube, uma porrada de podcasts… até terminei de lançar o audiobook de A Rainha da Primavera! (Finalmente, né?) Agora, estou correndo com a escrita do meu livro novo. Já era para estar pronto a uma hora dessas, mas acabou não dando tempo para TUDO o que eu já queria ter feito! Agora é manter o foco e correr atrás. Porém… meu site estava há muito tempo precisando de uma renovada, não é mesmo? Agora está mais organizado, do jeitinho que eu gosto. E aproveitei para adicionar algumas citações dos livros, uma em cada página. Espero que gostem!

Agora vou voltar a escrever.

Até mais! 😀

Retrospectiva 2015

O ano de 2015 vai ficar marcado para sempre como a minha mudança para o Canadá. Foi uma reviravolta e tanto! Porém, está longe de ser a única coisa legal que aconteceu esse ano. Foram tantas alegrias e tantas conquistas, que eu decidi recapitular! 😀

Começando por algo muito especial: esse ano recebi o Troféu Cecília Meireles, uma homenagem pela minha contribuição à cultura nos últimos anos. O evento Mulheres Notáveis aconteceu em Itabira, MG.

Retrospectiva 2015-01

Enquanto isso, em Campo Grande, ocorriam os encontros do Clube do Livro SAV, no qual dois de meus livros foram adotados. Fui convidada a participar da discussão, e aproveitei para participar também em outro dia, no qual o tema era As Crônicas de Nárnia. É uma pena que eu tenha descoberto esse clube do livro quando já estava indo embora do país, porque foi uma experiência muito bacana!

Retrospectiva 2015-02

Ano passado foi o ano das palestras. Devo ter visitado metade das escolas de Campo Grande. Esse ano, fui convidada a dar uma palestra de incentivo à leitura (e à escrita!) na cidade de Ipuã, SP. Três escolas participaram, com alunos de 8º e 9º anos de dois turnos diferentes, o que significa que dei a mesma palestra de manhã e à tarde. A viagem foi bem corrida, mas o carinho que recebi dos alunos não tem preço!

Retrospectiva 2015-03

Aliás, 2015 foi um ano de viagens! 😀 Tive a oportunidade de conhecer Cancún, no México. Esse lugar é maravilhoso! Viagens costumam ser legais, porém cansativas. Mas não essa. Essa foi totalmente relaxante, tranquila, inspiradora. Quase surreal. As águas verdes do Caribe um dia me verão novamente.

Retrospectiva 2015-04

Brasília visitei duas vezes, uma para resolver pendências do visto canadense, outra para pendências do visto americano. Pouco antes de me mudar, dirigi até o sul do país para dar um “até logo” para a família! 🙂 Fui para Assaí, Curitiba e Florianópolis. Isso, somado ao fato de muitos terem vindo para o meu aniversário e para o aniversário do meu sobrinho, me possibilitou ver quase a família inteira! Além, é claro, de ter conhecido minha sobrinha recém-nascida.

Retrospectiva 2015-05

Uma vez estabelecida por aqui, recebi a vista da minha mãe e passeamos pela província de Nova Scotia. Vimos um farol lindo, uma fazenda que recria os hábitos de vida do século XVIII e o conjunto de fortalezas que protegia a cidade naquela época.

Retrospectiva 2015-06

Mas é claro que eu não fiquei só farreando o ano inteiro. Esse foi um ano de muito trabalho e muito estudo! Estando aqui no Canadá, tive a oportunidade única de estudar em um College e ampliar minhas habilidades no idioma inglês. Funciona assim: Qualquer imigrante pode fazer uma prova para ter seu nível avaliado. A pontuação vai de 1 a 12, sendo que 1 significa que você sabe cumprimentar as pessoas e dar algumas informações sobre você mesmo, e 12 é o inglês nativo. Para ser aceito no país, um imigrante precisa apresentar um certificado de proficiência, cuja exigência vai de 5 a 7, dependendo do processo de imigração. Para esse curso que eu estou fazendo, é obrigatório ter a pontuação acima de 6. Você se forma quando sua nota chega a 8. Complicado? Nem tanto. Na verdade, é genial! Nesse curso, tive que escrever um trabalho científico em inglês. Foi bastante desafiador! Sem contar que a turma reúne pessoas do mundo inteiro, o que permite conversas frutíferas sobre cultura, tradição e política.

Retrospectiva 2015-07

Como nos anos anteriores, trabalhei em um montão de revistas da Editora Coquetel. Elas me dão tanto orgulho! São revistas infantis que reúnem passatempos como Jogo dos Erros, Labirintos e Cruzadinhas. Pude desenhar bastante, diagramar ainda mais e ver se formarem, pouco a pouco, as revistas educativas que farão a alegria de inúmeras crianças. Além das revistas com desenhos originais, trabalhei também em várias revistas de personagens famosos, como Divertidamente, O Bom Dinossauro, Turma do Lambe-lambe e Snoopy. Principalmente Snoopy! 😀 Somando tudo, esse ano contribuí com a criação de 61 revistas. Estando no Canadá, infelizmente eu não tenho acesso a elas. Recebi apenas as que a minha mãe trouxe. Se você está no Brasil, aproveite por mim! Se encontrar na banca uma revista Picolé ou Brincando e Aprendendo, sabia que pode ter dedinho meu.

Retrospectiva 2015-08

Na parte de jogos eletrônicos, programei e ajudei a desenhar o One Hit OK, que foi lançado pelo meu estúdio. Ganha quem tiver o dedo mais rápido! Dá para jogar no modo solo ou com um amigo no mesmo celular. Os jogos que nós criamos são simples, divertidos, mas dão um trabalho que só! Tenho outro quase pronto, mas vai ter que ficar para o ano que vem. Além disso, fomos matéria de jornal por causa do Magic Rampage, o jogo do nosso cliente. Nesse caso, fazemos apenas a parte gráfica.

Retrospectiva 2015-09

Não é novidade pra ninguém que eu goste de fazer um milhão de coisas diferentes! Esse ano participei de treze episódios de podcast. Os temas são diversos: Star Wars, Pokémon, Feminismo, RPG, Dia da Criança, Publicidade… sem falar da entrevista inesquecível que recebemos do querido autor brasileiro Eduardo Spohr.

Retrospectiva 2015-10

Também gravei sete vídeos! A maioria foram dicas para novos autores e entrevistas por hangouts, mas quero destacar o que fizemos para o canal On Board, contando um pouco sobre um dos meus hobbies, que é jogos de tabuleiro. E por falar em dicas, esse ano lancei o site Papo de Autor. Basicamente, esse site reúne a maioria dos textos que eu já escrevi explicando como escrever, publicar e divulgar o seu livro, além de contar com os vídeos e vários textos novos.

Retrospectiva 2015-11

Como já disse, esse foi o ano de mudança para o Canadá. Parece simples, não é mesmo? Parece que eu coloquei os meus trapinhos numa mala, entrei no avião e… pronto! Estou no Canadá! Mas não é bem assim. Além de ser um processo burocrático e cansativo, foi também uma experiência de desapego. Nem tudo cabia na mala. A começar pela tonelada de livros que tínhamos na nossa biblioteca. Quando era criança, eu sonhava em ter um cantinho especial para guardar os meus livros. Ao me casar, essa foi a primeira parte da casa a receber armários (antes mesmo da cozinha!). A coleção era linda, orgulhosa, com aquele cheirinho de papel. Mas exageradamente grande e pesada. A venda de garagem que fizemos foi tão alucinante que se tornou até matéria de jornal! Capa do caderno de cultura. Quem vê as fotos pensa “é, a biblioteca era grande mesmo”, sem saber que as fotos revelam apenas uma das paredes de livros. Eram três. Sinto saudades da minha biblioteca. No entanto, os livros que eu tinha continuam guardados com muito carinho no meu coração e na minha memória.

Além dos livros, também tive que doar muitas roupas, vender os móveis e me desfazer de quase todos os presentes que ganhei de casamento, dois anos antes. Era tudo tão novinho! Deu uma tristeza tão grande! Ainda sinto falta de vários deles. Sei quem foi que me deu a maioria das coisas, mas elas ficaram apenas na lembrança.

Retrospectiva 2015-12

E é claro que eu não poderia sair do país sem um desespero final! Estava tudo pronto, arranjado, certo, confirmado. Contando os dias para nossa partida. E o que me acontece? Minha gatinha, a Alice, decide que o apartamento da minha sogra (onde estávamos hospedados temporariamente) era pequeno demais para ela. Como nós, Alice queria ganhar o mundo! E assim o fez. Faltando três dias para nosso embarque, ela simplesmente desapareceu. Foram os dois dias mais intensos de que me lembro. Todos os preparativos foram suspensos enquanto nós nos ocupávamos de cobrir o bairro inteiro de gritos e chamados. “Aliceeeeee…” Eu não aguentava mais ouvir a minha própria voz repetindo o nome dela. Fomos salvos por um milagre em cima da hora. Digo, pelo vizinho do condomínio, que viu o cartaz de procura-se, encontrou a gata no alto de um coqueiro, subiu lá em cima e trouxe ela para casa. Deu tudo certo, e hoje estamos aproveitando a vida nova com nossa gata canadense.

Retrospectiva 2015-13

Voltando ao universo dos livros, nesse ano A Canção das Estrelas esgotou! Mas já?! Pois é, foi bem rápido. Quem garantiu o seu exemplar trate de comemorar. Os demais, ainda podem encontrar a versão digital na Amazon. Os demais livros ainda estão disponíveis no site oficial, e uma novidade: A Rainha da Primavera foi transformado em audiobook! Com o auxílio de amigos e leitores, que incorporaram os personagens e mandaram suas vozes, esse ano pudemos lançar os capítulos um a um.

Retrospectiva 2015-14

Em relação aos leitores, além de receber inúmeras resenhas maravilhosas, organizei um concurso cultural. Fiz um desenho de Aisling, a personagem principal da série, e disponibilizei para os leitores colorirem. O resultado foi incrível! A soma da criatividade dessa galera resultou em uma galeria de imagens impressionante. Nela, podemos ver as diferentes formas com que pessoas diferentes encaram um mesmo personagem. Fiquei impressionada com o resultado e espero fazer isso de novo no futuro.

Retrospectiva 2015-15

Muita gente me cobra o terceiro livro da Série Crônicas de Myríade e estranha o fato de não ter acontecido nenhum lançamento em 2015. Não pensem que eu estou parada, muito pelo contrário! Escrevi como se não houvesse amanhã. Infelizmente, o livro que resultou do meu trabalho é impublicável. Como alguns devem saber, fiz um diário de imigração. Contudo, como o próprio nome sugere, ficou pessoal demais para ser lido por outras pessoas. Nele, expressei minhas revoltas, desejos e anseios. Uma parte de mim que é excessivamente forte e, ao mesmo tempo, excessivamente fraca. É difícil de explicar. Me desculpem, mas esse será o meu segredo.

Além disso, escrevi um terço de Fração de Segundo! Devo terminar os outros dois terços até o final do ano que vem. Antes disso, estou trabalhando em um projeto ainda sem nome, ainda secreto, mas que já adianto: é maior do que eu. Está sendo uma honra participar dele, e espero poder trazer novidades em breve. Resumindo, por mais que eu me dedique a um milhão de atividades, a escrita vem em primeiro lugar!

Retrospectiva 2015-16

Para finalizar, em 2015 comemorei 2 anos de casada, 3 anos do lançamento do meu primeiro livro e 5 anos de Estúdio Panda Vermelho. Me matei de estudar, me matei de trabalhar, me matei de escrever. E, quanto mais eu morria, mais me sentia feliz, entusiasmada e completa. Acima de tudo, esse foi um ano de realização de sonhos.

Que venha 2016, com seus mistérios, aventuras e oportunidades!

Um feliz ano novo para você, e até a próxima! 🙂

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Novidades: Mudança, livros, números… e amor felino!

Esse vídeo é uma loucura! Nele, eu falo sobe a mudança que está acontecendo na minha vida e seus diversos desdobramentos. Gravei para os amigos que moram longe e para os leitores que acompanham a Série Crônicas de Myríade. É muita emoção, muita alegria e uma pitadinha de espírito aventureiro. Porque a vida é mais divertida quando a gente se arrisca em novas jornadas! 😉

Perguntas que eu respondo no vídeo: “Quando será publicado o próximo livro?” / “Quem é responsável pelas etapas de publicação atualmente?” / “Os livros continuarão à venda?” / “Quem são os maiores incentivadores do seu trabalho?” / “Quantos livros você já vendeu? E e-books?” / “Em quais países seus e-books estão?” / “Pode me dar uma dica sobre como ir morar fora do país?” / “O que você vai fazer com a sua gatinha, a Alice?” / “Você está escrevendo algum outro livro, além da Série Crônicas de Myríade?” / “Quanto você já escreveu de Fração de Segundo?” / “Como você organiza as suas ideias antes de começar a escrever o livro?” / “Você vai gravar mais vídeos?”

***

O bazar de livros novos (os de minha autoria) e usados (os da minha estante) você encontra aqui: [link]

Saiu até no jornal! [link]

Comentário final:
Sim, eu falo com a minha gata. Eu sou uma tia louca dos gatos.

2013

Eu sinto uma alegria imensa em dizer que 2012 foi um ano maravilhoso! Com tantas mudanças e tantas conquistas que marcaram a minha vida para sempre.

E 2013 promete ser ainda melhor!

Um grande beijo a todos os que acompanham a minha trajetória e torcem por mim! Obrigada por todo o carinho!! Desejo muito amor, muita paz, saúde e sucesso na vida de vocês!

* * *

Ah, eu já ia esquecendo de avisar! O que vocês podem esperar para 2013:
– Lançamento do segundo livro de Crônicas de Myríade, que se chama “Tempestade de Areia”;
– Minha participação na Bienal do Livro do Rio de Janeiro;
– Um super sorteio envolvendo todas as resenhas de A Rainha da Primavera;
– E mais surpresas que 2013 nos reserva! 🙂

Curtam a Fanpage, e estejam sempre por dentro das novidades!
www.facebook.com/CronicasDeMyriade

Beijos!!
Karen Soarele

Sonhos

Estive pensando, todos nós temos a sorte danada de ter nascido em uma época maravilhosa! No mundo em que vivemos hoje, temos a incrível oportunidade de realizar nossos sonhos!!! Quem diria?

Bom, só para constar, resolvi listar os meus principais sonhos:

1. Ganhar a vida trabalhando como ilustradora. Isso mesmo, “desenhando”. –> REALIZADO! Mas o fato de estar realizado não me leva ao ponto final, e sim o começo de tudo. Preciso continuar trabalhando nesse sonho, lapidando-o, para que seja a cada dia melhor.

2. Publicar a série de livros Crônicas de Myríade. –> Primeiro livro, publicado. Segundo, escrevendo. Em outras palavras, este sonho está sendo realizado diariamente. E o retorno dos leitores é o que faz tudo valer a pena!

3. Casar-me e construir minha vida ao lado de alguém que eu ame muito. –> Já encontrei essa pessoa! O casamento será em abril, mas nós já estamos construindo nossa vida desde 2006.

4. Conhecer o mundo inteiro. –> Infelizmente, minha expectativa de vida não é longa o suficiente para eu realizar este sonho, mas tudo bem. Aceito que seja apenas uma parcela! Já conheci muitos lugares lindos, e a próxima parada será em Paris, na minha lua de mel.

Resumindo, todos esses sonhos são possíveis, dependem apenas de mim. Melhor, eu ainda por cima tenho apoio da minha família e dos amigos que conquisto na longa jornada. Eu não poderia viver em uma época melhor do que esta. 🙂

E você também! Pare e pense em seus sonhos. Você pode realizá-los! Então, mãos à obra!

Muitos beijos!

II Troca-troca de Livros

Esse fim de semana aconteceu a segunda edição da feira de trocas em Campo Grande/MS. Era para ter sido na semana anterior mas, como choveu, foi transferido para esse sábado que passou. E foi muito legal!

O pessoal se organizou pelo Facebook, e ficou combinado às 16 horas, na Praça do Rádio, que é uma praça grande e muito bonita aqui da cidade. A ideia é assim: cada um leva um tecido (lençol/toalha/rede…), estica na grama e espalha os livros em cima. Aí começa o escambo!

Dentre os livros que eu levei para troca, havia uns que eu li e não gostei, outros que eu li, gostei, mas não vou ler de novo, e livros novinhos em folha que, por um motivo ou outro, eu acabei desistindo de ler antes mesmo de começar. Levei também livros para doação e, é claro, alguns exemplares de Línguas de Fogo para venda.

O evento foi bem maior do que eu imaginei! Li em um site que estiveram presentes por volta de 150 pessoas. Valeu a pena participar, gostei bastante! Trouxe para casa livros ótimos, que vou ler rapidinho, para trocar de novo na próxima edição!

Veja mais fotos AQUI.

Beijos!

Olha só eu autografando Línguas de Fogo em um lugar totalmente improvisado! =)

Por que Karen Soarele?

Digite “Karen Soares” no Google, e você encontrará 975.000 resultados. Com aspas, 10.300. É Karen Soares pra dedéu! Até mesmo “Karen Isabelle Soares” tem uma enxurrada de resultados, além de ser compriiiido… Decidi que preciso ficar mais “encontrável”, para isso, precisaria de um novo nome. Soares + Isabelle = Soarele.

Karen Soarele: Um nome simples e compacto, que não vai me descaracterizar. Novo e único. Em romeno significa Sol. Perfeito para mim, que sou uma pessoa enérgica, sempre de bom humor! No Google, aparecem apenas 8 resultados, todos dizem respeito a mim. Objetivo alcançado! Espero que gostem. 🙂

Quando aprendi a ler

Aprendi a ler e escrever bem cedo. Eu tinha quatro anos e estava no jardim I, e minha turma tinha aula de manhã na mesma sala que o pré tinha aula à tarde, a diferença é que nós só aprendíamos a usar lápis de cor, enquanto eles aprendiam o alfabeto. Mas a sala era a mesma, recheada pintava e desenhava de acordo com o que a professora tinha mandado, e depois copiava o alfabeto no verso da folha.de murais contendo várias palavras, e um imenso alfabeto acima do quadro negro. Sendo assim, todo dia eu fazia a mesma coisa: pintava e desenhava de acordo com o que a professora tinha mandado, e depois copiava o alfabeto no verso da folha.

Assim passei o jardim I e o jardim II. Quando chegou a hora de entrar no pré, a diretora da escola chamou minha mãe para conversar. Ela disse que o objetivo principal do pré seria ensinar as crianças a ler e escrever, e, como eu já sabia, poderia pular direto para a primeira série. Nessa ocasião, minha mãe fez uma decisão muito sábia e me matriculou no pré, mesmo. Os motivos eram vários: eu era uma criança muito pequenininha e teria dificuldade em me adaptar; além de português, no pré eles também ensinavam matemática; eu já tinha amiguinhas na turma; etc.

O que mais me intriga nessa história não eram as opções que minha mãe teve, nem a escolha que fez, mas o fato de que isso mudaria minha vida completamente. Não é apenas uma questão de imaginar se eu teria me adaptado à primeira série, e sim o que viria depois disso. Eu teria participado de grupos diferentes, feito coisas diferentes, teria outros professores, outros amigos, talvez nem tivesse chegado a conhecer meu namorado! E, se na hora que saí do terceirão eu já estava confusa sobre qual carreira seguir, imagine se isso tivesse acontecido mais cedo!

É impossível saber se minha vida seria melhor ou pior do que é, mas não tenho a menor dúvida de que hoje eu seria outra pessoa. Talvez uma pessoa melhor, talvez uma pessoa pior. As possibilidades eram infinitas!

Eram tão infinitas quanto são hoje!

Quando eu saí no jornal

Já faz um bom tempo, mas ainda me orgulho de ter sido entrevistada para a matéria do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul. A jornalista Marcelle Souza estava fazendo uma matéria sobre desenhistas que se tornaram profissionais na área, e me convidou a fazer algumas declarações. Foi publicado dia 22 de julho de 2008. Deu um pouco de trabalho para comprar um exemplar, já que neste dia eu estava em Santiago, no Chile, mas meu querido Luís conseguiu um para mim!

Clique na imagem ao lado para ver melhor. Como a leitura está um pouco difícil, copiei algumas partes:


Os primeiros riscos começaram na infância, então canetas, réguas, lápis de cor tornaram-se amigos indispensáveis a partir de então. A paixão pelos desenhos animados da televisão muitas vezes conduz ao interesse pelas histórias em quadrinhos que atraem pelas imagens e narrativas envolventes. Só que a infância fica para trás e o gosto pelos quadrinhos continua, agora de maneira profissional. Engana-se quem acredita que os personagens no papel são apenas coisa de criança. Para Alexandre e Frederico, o mangá virou trabalho mediante aulas de desenho. Já a estudante Karen recebeu os primeiros convites a partir do blog que criou, enquanto Wanick é ilustrador profissional há quatro anos.
“Não existe resposta para a pergunta ‘desde quando você desenha?’. Toda criança desenha, mas a maioria pára, enquanto outras desenvolvem o interesse pela coisa.”, conta Karen Soares, ilustradora e apaixonada por HQs. Com o tempo, os traços ficam mais elaborados e o que era só uma brincadeira começa a ganhar seriedade. Karen é estudante de publicidade e acabou de montar um blog que, segundo ela, tem uma média de 50 acessos por dia. No site ela apresenta seus personagens, que têm forte influência dos mangás, quadrinhos japoneses pelo qual se inspira desde a pré-adolescência.
Os desenhos foram aperfeiçoados a partir de grupos na internet e conversas com amigos. De acordo com ela, a necessidade de se unir com outros ilustradores fez com que ela começasse a levar os desenhos para a vida amorosa. O namorado, Luís Brüehmüeller, é outro que se dedica à produção de desenhos no estilo mangá e comic.
[…]
Para Alexandre, a seriedade da produção é determinada pelas características principais dos quadrinhos adultos, como a trama mais elaborada e o conteúdo mais polêmico. Karen acrescenta que os “proibidos para menos de 18 anos” podem apresentar cenas eróticas, como é o caso do hentai, e de violência, rompendo com o esteriótipo da Turma da Mônica. O desafio é apresentar um material de qualidade, que deve ser encarado com o profissionalismo de quem foi muito além dos lápis de cor e das aventuras de histórias infantis.
(Marcelle Souza)