Para isso serverm os irmãos!

Quando eu era pequena, nós morávamos longe da cidade e meus pais chamaram uma empresa para cavar um poço artesiano na nossa casa. Todo dia a máquina tirava do buraco uma terra argilosa, depositando-a ao lado. Em pouco tempo, ali tinha uma montanha de argila.

Naquela época eu gostava de subir em cima da casa, que tinha telha de barro, e da lavanderia, que era de eternit. Certa vez, eu estava em cima da lavanderia, quando meu irmão atirou em mim uma generosa bola de lama. Eu esquivei e ele logo mandou outra. Foi bem divertido ficar fugindo das consecutivas bolas de lama, até que pisei de mal jeito e a telha quebrou. Me estatelei no chão, lá embaixo!

Foi uma choradeira, mas, por sorte, não me machuquei. Meu irmão falou pra eu correr e me esconder dentro de um anel de poço (pra quem não sabe, é isso aqui: link, tem 1,20 de diâmetro), e enquanto isso ele escondeu as telhas quebradas. Será que a gente pensou que nossa mãe não ia perceber o ROMBO no telhado da lavanderia??

Não sei porque, mas naquele dia não apanhamos. Nem tomamos bronca, nem nada. Acho que a queda já tinha sido uma punição suficiente pra ficar pulando em cima de telhado! Garanto que eu nunca mais fiz isso.

Musiquinha!

Da série “Pérolas que não devem cair no esquecimento”, um música que eu fiz quando tinha uns 8 ou 9 anos, enquanto cantava no chuveiro. É tosca e tem erros de concordância, mas eu não tenho vergonha de mostrar:

Conheci uma fada
Uma fada encantada
Ela era contemplada
Com o poder de ser amada

Um dia assim
Quando eu vim
Ela estava aqui
Cuidando de mim

Ela é mãe do meu irmão
Meu irmão do coração
Ela gosta muito dele
Mas não faz diferença, não

Para ela são iguais
Os filhos que à vida ela traz
E não tem comparação
De irmão pra irmão